January 5, 2023

5 Dicas para mudar a sua cultura analítica para obter sucesso para o aluno e a instituição

O ensino superior enfrenta as crescentes demandas para alavancar dados no sentido de destacar o valor e mostrar o sucesso do aluno e da instituição. No entanto, a cultura analítica em muitas das instituições as leva a se concentrar na responsabilidade externa e nos relatórios informativos em vez de usar as informações de maneira estratégica. A cultura analítica da sua instituição é moldada pelos seguintes atributos:

  • A profundidade do uso de dados;
  • A extensão da colaboração e do compartilhamento de conhecimento;
  • Como os líderes modelam o valor dos dados;
  • O uso das ferramentas para a análise e para os relatórios.

Onde a sua instituição se destaca? Onde ela pode crescer? A mudança pode ser desafiadora e, criar uma cultura que adote a colaboração para a tomada de decisões, requer que se possa ir além de apenas abordar as ferramentas e as políticas para mudar as formas como os indivíduos valorizam e usam as informações.

5 dicas para mudar a sua cultura analítica:

Dica n.º 1: Vá além da análise descritiva e dos dados de resultados.

Cave mais fundo. Os dados são coletados para examinar toda a experiência do aluno, desde a inscrição até a graduação (e além), eles avaliam o projeto e o seu impacto de ensino e apoiam na tomada de decisões em vários níveis da instituição. Esses dados variam e são usados para responder aos diferentes tipos de perguntas.

  • Descritiva – que conta o que aconteceu e o que nós sabemos. Por exemplo: a retenção e a graduação;
  • Diagnóstica – explica por que algo aconteceu. Por exemplo: as taxas de retenção e a graduação para os subgrupos;
  • Preditiva – procura prever o que pode acontecer. Por exemplo: quem provavelmente irá se matricular ou irá desistir;
  • Avaliativa – determina se funcionou e se trouxe valor. Por exemplo: os dados de programa e de intervenção.

Faça perguntas que conectem as informações para comparar entre os grupos e revelar quais fatores afetam os dados descritivos. Considere comparar aqueles que moram dentro/fora do campus ou aqueles que participam de clubes e a sua relação com a retenção. Ao se aprofundar nos dados, as instituições podem direcionar as intervenções como parte da melhoria contínua e do planejamento do sucesso do aluno.

Dica n.º 2: Una os usuários técnicos e os funcionais.

Comunique-se. Reúna os usuários dos dados com a equipe técnica. A reunião dos usuários técnicos e dos usuários funcionais de informações garante que as pessoas tenham acesso aos dados relevantes, os significativos e os que são acionáveis para a sua função. As seguintes áreas de dados principais também devem ser esclarecidas para garantir que os dados sejam confiáveis, precisos e acessíveis às pessoas certas:

  • Governança de dados - as políticas e as estratégias internas que determinam quem pode acessar quais dados;
  • Gerenciamento de dados - a prática e as ferramentas para acessar e usar esses dados;
  • Armazenamento de dados - o repositório central a partir do qual os dados podem ser relatados e analisados.

Isto oferece oportunidades para explorar quais informações são necessárias e como elas serão usadas. Trabalhar em conjunto esclarece os significados por trás dos termos de dados com o que é relatado. Por exemplo, como você define os alunos do primeiro ano e quais campos representam esses números? Saber o significado por trás dos dados garante relatórios precisos sobre as métricas do aluno e da instituição.

Dica n.º 3: Integre o uso de dados nas áreas funcionais.

Seja transparente.Comunique-se e colabore entre os departamentos para encontrar as necessidades comuns e criar eficiências. Os objetivos do trabalho multifuncional são:

  • Dividir os silos de armazenamento para compartilhar informações entre os departamentos;
  • Obter uma perspectiva holística e criar sinergias com o uso de dados;
  • Aumentar a conscientização para inovar.

A integração permite que as instituições se aprofundem nos dados. Em vez de relatar os dados discretos, vincule as informações. Por exemplo, vincule os dados financeiros do aluno com os dados de retenção, os dados acadêmicos e os dados de matrícula para obter uma comparação cruzada ou uma análise preditiva, para poder entender as diferenças entre os grupos, com base em determinadas características com o fim de direcionar as intervenções e melhorar o sucesso do aluno.

A Morgan State University lançou recentemente a Iniciativa de Empregos do Bank of America e está ampliando, de maneira proposital, o escopo do projeto com o objetivo de atrair as perspectivas das unidades acadêmicas, dos empregadores e dos alunos.

“Esta é uma iniciativa de toda a instituição, por isso nós estamos sendo muito intencionais em colaborar com o maior número possível de unidades e de departamentos acadêmicos, ampliando o trabalho que já está sendo realizado. Por exemplo, nós estamos trabalhando numa estreita colaboração com nosso programa de experiência do segundo ano para aumentar a conscientização dos alunos e dos professores e coletar os dados que mostrarão o sucesso deste programa.” Disse Yolanda Seabrooks, Diretora de Iniciativas e Parcerias Estratégicas Acadêmicas da Morgan State University. “Nós também estamos trabalhando com o nosso centro de desenvolvimento de carreiras para implementar uma avaliação de carreira para os calouros e que pode ser usada durante toda a jornada acadêmica do aluno. Mas onde nós estamos lançando a maior rede é na criação de uma rede interna de engajamento de empregadores, que reúne todos aqueles em nossa instituição que trabalham com parceiros empregadores para oferecer oportunidades aos alunos e ao corpo docente. Nós temos representantes de quase todos os cantos da universidade nesta rede e todos estão entusiasmados em colaborar de uma nova maneira.”

Dica n.º 4: Construa a capacidade humana.

Forneça treinamento. As pessoas precisam se sentir confortáveis e confiantes ao usar as informações. Garantir que elas tenham as habilidades de que precisam e que haja funções e estruturas para apoiá-las enquanto aprendem mostra comprometimento. A capacitação é realizada quando:

  • Nós ensinamos o uso das ferramentas ou das habilidades de relatório;
  • Nós identificamos os “campeões” (os membros respeitados/influentes da equipe) que tenham conhecimento e entusiasmo com os dados para coletar feedback para que possam compartilhar aplicações práticas e educar outras pessoas;
  • Nós abordamos as perguntas ou as preocupações frequentes sobre o uso de dados e projetamos os módulos on-line, os treinamentos e as mentorias para permitir que as pessoas tenham tempo para transferir o conhecimento para a habilidade.

As pessoas precisam da oportunidade de transferir o seu conhecimento para a habilidade conforme elas começam a usar as novas ferramentas ou os dados de uma nova maneira.

Dica n.º 5: Demonstre valor.

Lidere pelo exemplo. Os líderes que são intencionais e transparentes sobre como transformar a cultura, de forma que se torne orientada por dados, influenciam o compromisso geral da sua equipe com o uso dos dados.

  • Mostre como o uso de dados irá melhorar o trabalho diário e a tomada de decisões;
  • Permita que os indivíduos compartilhem histórias de dados com vários públicos para modelar as várias maneiras de uso dos dados;
  • Compartilhe as descobertas de maneiras fáceis de consumir, utilizando recursos visuais e descrições que mostrem uma conexão concisa e direta com as decisões ou as ações resultantes.

É útil mostrar às pessoas como o seu trabalho pode impactar a sua rotina de trabalho diária e, posteriormente, o sucesso do aluno antes que eles possam realmente abraçar a mudança. Demonstrar como os dados podem ser úteis gera entusiasmo, pois essas histórias mostram como os dados criam insights e como cada uma delas se conecta às metas de sucesso.

Ansiosos para 2023

Uma forte cultura analítica conecta as estratégias de negócios e de dados e cria uma arquitetura de dados que seja eficaz para uma tomada de decisão mais rápida e precisa. Os usuários são capacitados quando o uso dos dados é uma parte padrão das conversas estratégicas e colaborativas. Isso garante que as pessoas possam acessar os dados significativos, limpos e precisos. Seja qual for a iniciativa, nós precisamos dos dados para estabelecer as metas e medir o progresso em 2023.

Dr. Jessica Nichols, PhD Headshot

Jessica Nichols, Ph.D.

Consultora Principal de Estratégia de Dados
Anthology

Jessica Nichols, Ph.D., traz mais de uma década de experiência em ensino superior para a Anthology. Como consultora principal de estratégia de dados, Nichols aproveita a sua experiência como membro do corpo docente, diretora de um centro de avaliação totalmente financiado, diretora de pesquisa e ética e diretora de pesquisa institucional para atender às instituições. Nichols construiu uma carreira focada em monitorar os desempenhos e efetuar as mudanças necessárias. Ela ensina outras pessoas a usar as informações e a se tornarem agentes de mudança. A sua experiência com as pesquisas de ação, as avaliações de programas e a mobilização de dados para a melhoria contínua informa sobre as suas colaborações com os acionistas, bem como o seu trabalho, projetando métodos para capturar os dados relevantes, os significativos e os acionáveis. Nichols possui um mestrado pela University of Virginia e um Ph.D. em liderança de ensino pela Virginia Commonwealth University.